Projeto de vida

Projeto de vida

30 de dezembro de 2020
por Amanda Ribeiro -
Colégio Recanto - Rio de Janeiro, RJ


A busca pelo sentido da vida é um questionamento que remonta aos primórdios da humanidade e que guiou a obra de muitos filósofos. 

Um único sentido para a vida não existe, mas cada indivíduo pode achar um propósito para si. De acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, há uma correlação entre a descoberta dessa resposta e maior saúde (física e mental) e bem-estar.

O estudo foi conduzido na escola de medicina da instituição e publicado na edição de dezembro da Revista de Psiquiatria Clínica dos EUA.

A pesquisa foi feita com base em um questionário, respondido por 1.042 adultos americanos com idade entre 21 e 100 anos. Os participantes deveriam avaliar, numa escala pré-definida, o quanto se identificavam com perguntas como “eu descobri um propósito de vida satisfatório” e “eu estou buscando um propósito ou missão de vida”. 

O que foi descoberto

Os resultados indicaram que há uma correlação entre ter descoberto um propósito à própria vida e o desenvolvimento de uma melhor saúde física e de funções cognitivas. 

“Muitos pensam sobre o sentido da vida numa perspectiva filosófica, mas o propósito de viver está associado com mais saúde, bem-estar e, possivelmente, longevidade”, afirmou Dilip V. Jeste, professor da instituição e líder do estudo, em comunicado oficial. 

A interação descoberta pelo time é de que a busca por um propósito pode ser fonte de estresse, enquanto a descoberta gera um relaxamento no indivíduo. O estresse está relacionado a doenças cardiovasculares, envelhecimento precoce, depressão e transtorno do pânico. 

A pesquisa apontou que a ciência plena de um sentido para a vida costuma aparecer quando o indivíduo entra na casa dos 60 anos de idade. “Quando você é jovem, pelos 20 anos, você está incerto sobre a carreira, relacionamentos e identidade. Você está buscando por um sentido”, afirmou Jeste. “Quando você se aproxima dos 30, 40 e 50 anos, você já tem relacionamentos mais estabelecidos, possivelmente está casado e tem uma família. A busca diminui e um sentido pleno se torna mais presente”, disse. 

Jeste e o time acreditam que a medicina como um todo precisa passar a levar em consideração a presença de um propósito de vida nos pacientes. Eles esperam que o estudo seja a pedra fundamental para o desenvolvimento de novos tratamentos e intervenções em pacientes que ainda estão buscando um sentido para si. 

O próximo passo da equipe é averiguar o impacto de fatores como solidão, compaixão e sabedoria na busca por um sentido da vida e, consequentemente, na saúde física e mental dos indivíduos. 

Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/12/15/Como-dar-prop%C3%B3sito-%C3%A0-vida-melhora-a-sa%C3%BAde-segundo-este-estudo

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