Professores buscam o contato com a natureza para ministrar lições de educação ambiental.

Fotos de Rita Chaves
O GLOBO – BARRA – 16 de Abril de 2006

    A Fazendinha Estação Natu­reza, em Vargem Grande, ofere­ce contato com a fauna e a flo­ra da Mata Atlântica às deze­nas de alunos de escolas de to­da a cidade que a visitam men­salmente. O espaço de 33 mil metros quadrados, que tem co­mo finalidade promover a edu­cação ambiental, abriga duran­te todo o mês de abril integran­tes da tribo tupi-guarani.
 — Com a presença dos ín­dios aqui este mês, as crianças terão a oportunidade de vivenciar um pouco de uma cul­tura totalmente nova para elas. Elas conhecerão a caça, a pesca, as comidas típicas, os utensílios e tintas, aprenderão suas músicas e danças, treina­rão com arco-e-flecha e ainda, por meio da oficina de artesanato, farão uma peça para le­var como recordação desse dia tão especial — diz a geren­te da Fazendinha, Leila Heidtmann, ressaltando que alguns índios falam português.
 Professora do CA do Colé­gio Recanto, no Recreio, Jane­te Boyd diz que a visita é im­portante para desfazer a ima­gem distorcida que as crian­ças têm dos índios.
— Viemos justamente por causa do Dia do índio, celebra­do nesta quarta-feira. A maio­ria dos meus alunos não tem noção alguma de como é a vi­da dos índios, alguns sequer acreditam que eles existam. Nessa visita, os nativos vão mostrar como usam o meio ambiente sem agredi-lo — afir­ma a professora. — É impor­tante também a vivência com a natureza, até para que as crianças tenham um pouco mais de liberdade, saindo do universo fechado e teórico da sala de aula.