Feliz 2018!

Feliz 2018!

29 de dezembro de 2017
por Amanda Cordeiro Ribeiro -
Colégio Recanto - Rio de Janeiro, RJ


Em nossa última publicação deste ano, trazemos um texto de Martha Medeiros. É uma breve reflexão sobre os relacionamentos humanos.

Este texto se contrapõe à lógica de previsão sobre o próximo ano e busca pontuar, de forma metafórica, nosso poder de transformar o próximo ano através das relações humanas.

As relações que estabelecemos com o outro, estas sim, podem e devem ser previstas na busca constante do cultivo de melhores valores, de melhores relacionamentos e, desta forma, de melhores pessoas.

A fita métrica do amor

Como se mede uma pessoa?

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.

Ela é enorme para você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravada.

É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto.

É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será que ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições?

Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, e sim de ações e reações, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão e, ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.


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