Refrigerantes: aprecie com moderação
Favorito da criançada e escolha inegável dos adolescentes, o refrigerante é a bebida predileta para acompanhar uma refeição ou lanche. Poucos sabem que o gostinho adocicado e geladinho pode trazer malefícios à saúde de jovens e adultos.
O abuso da bebida pode provocar o aumento de stress e dos níveis de LDL - conhecido como colesterol ruim. Os exemplares produzidos a partir do guaraná são ricos em cafeína, um poderoso excitante do sistema nervoso. No grupo das colas, está presente o ácido fosfórico, que pode prejudicar a fixação de cálcio nos ossos e levar a um quadro de osteoporose.
As crianças são as mais prejudicadas pelo consumo exagerado. Uma recente pesquisa feita em escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro constatou que 23% dos alunos da rede particular estão com colesterol acima do ideal e na rede pública apenas 4% atingiu essa marca nada salutar. A conclusão do estudo fez o Estado banir das cantinas alimentos fritos e refrigerantes. O estudante Roberto Nascimento Rangel, 10 anos, teve a bebida cortada de seu cardápio para se tratar de obesidade precoce. "O pai dele sempre bebeu Coca-Cola e Roberto adotou o hábito desde cedo. Hoje em dia, por orientação do endocrinologista, prefiro comprar achocolatados e sucos para o lanche escolar e para as refeições em casa", comenta a mãe do mesmo, Rosa Maria Nascimento.
Mesmo o consumo das versões diet e light, preferido pelos adultos, merecem parcimônia. "Em substituição ao açucar, são usados nos refrigerantes dietéticos os edulcorantes (adoçantes artificiais).
Se uma pessoa de 55Kg beber duas latas dessa variação da bebida por dia, já excede o limite permitido de edulcorante. "O uso indiscriminado pode levar a hipertensão, aumentar os triglicerídeos (um tipo de gordura), causar problemas renais e até câncer", revela a nutricionista Maria Aparecida Martins.