Tempo livre, rotina e limites.
Dezembro chegou e com ele uma dúvida começa a permear a cabeça dos pais: o que fazer com o filho nas férias? As dúvidas aumentam quando o recesso do filho não coincide com o dos pais. Caso você faça parte deste grupo que continua trabalhando enquanto o rebento faz uma "paradinha básica", vale a pena considerar alguns aspectos importantes.
Durante o período de aula é exigido do aluno um esforço de ordem intelectual, o aluno está em constante reflexão para dar conta da conquista de novos conteúdos, conhecimentos e informações, além do compromisso (nem sempre tranquilo) com os deveres e trabalhos de casa, como também com as avaliações. Portanto, nada mais justo e necessário que uma pausa para descanso.
Descanso para a criançada não é, necessariamente, sinônimo de calmaria. Muito menos ficar de pernas para o ar o tempo inteiro. Pelo contrário, esta atitude seria absolutamente improdutiva, uma vez que a criança tem energia para dar e vender. É importante saber o que fazer com o tempo livre e desenvolver atividades que de alguma forma estimulem o conhecimento, gerem prazer e sobretudo, agreguem valor.
Por outro lado, para que as férias não percam seu verdadeiro sentido - o do lazer - é necessário entrar em contato com o novo, com o diferente, com atividades que não fazem parte da rotina do dia a dia da pessoa. Só assim, as férias têm grandes chances de se tornarem agradáveis e até mesmo, inesquecíveis. Neste sentido, é importante questionar a validade de ficar em casa, numa postura passiva, diante da televisão ou de jogos.
Outra questão que deve ser analisada durante o período de recesso escolar é que o aprendizado e certas atividades de rotina não saem de férias. Alguns pais abrem mão por completo da rotina e "liberam", por exemplo, o horário de acordar e dormir, os hábitos alimentares etc. É preciso ter equilíbrio, isto é, não ser tão rígido na programação, nem deixar as coisas tão soltas. É claro, algumas questões são negociáveis e também justificadas por conta do período, porém com os limites necessários. Não se pode perder de vista que a formação de hábitos e valores não deve parar nunca. Além do que, pode prejudicar a adaptação na volta às atividades escolares.
Então, para os pais que por algum motivo se sentem culpados por não poderem aproveitar as férias do filho com eles, relaxem. Lembrem-se de que a única rotina alterada foi a dele e não a sua. E pensar sobre como deixar seu filho aproveitar o tempo longe da escola, programando atividades produtivas, enriquecedoras e prazerosas para ele, é tranquilizador para você.
Fonte: http://www.bolsademulher.com/bebe/1-a-3-anos/materia/ferias-escolares
Texto Adaptado.