Caderno Atualidades – Vol. 5

Caderno Atualidades – Vol. 5

12 de setembro de 2014
por Armando Ricardo Nogueira -
Colégio Recanto - Rio de Janeiro, RJ


Apresentamos o quinto volume do Caderno Atualidades e para baixá-lo, clique aqui.

A política é o fio condutor dos diferentes artigos que compõem esse quinto número do nosso Caderno Atualidades. Política no sentido da construção da ética, da liberdade e da justiça a  partir de uma pluralidade de atores com distintos interesses, mas também política no sentido da prática (o voto, a participação, a desobediência e a manifestação). Eis a promessa da política: a constante desconstrução e reconstrução do mundo a partir do diálogo e da ação, prenhes de razão e emoção.

O primeiro texto tem o título de A dura tarefa de se opor ao que está dando certo, escrito pelo economista Ladislau Dowbor. Nesse artigo, discute-se os avanços e os desafios do Brasil em múltiplas dimensões (econômica, política, social e cultural) a partir dos esclarecimentos do autor sobre o que é ser “oposição” e acerca da utilização oportunista de mobilizações e reivindicações.

Dando sequência à dura tarefa de participar politicamente sem ser oportunista, mas  com senso de oportunidade, o segundo texto,  Entenda o que são: constituinte, plebiscito e reforma política, aborda  os  sentidos  de  um  plebiscito  voltado  à  constituição  de  um  processo  constituinte  para  a realização de uma reforma política no Brasil. Nesse sentido, a relação entre democracia representativa e participativa vem à tona a partir da participação popular.

Manifestações de junho de 2013: qual é o saldo dos protestos um ano depois? é o terceiro texto do Caderno Atualidades e desvenda os horizontes e  desafios das mobilizações, indicando suas possíveis  conquistas  e  realizações,  assim  como  apontando  para  a  seguinte  questão:  é  o  resultado necessário à realização da política?

Como uma possível resposta, surge Hong Kong promete “desobediência civil” por  controle chinês sobre eleição, desafiando a política enquanto representação a partir da luta por autonomia por parte dos cidadãos da “província rebelde”.

Sendo  a  justiça  um  dos  pressupostos  à  política  e  um  dos  horizontes  delineados  pelo pensamento  e  pela  ação,  em  Justiça  com  as  próprias  mãos:  linchamentos  desafiam  ordem  e Estado  resgatamos  os  questionamentos  sobre  ordem  e  desordem  já  trabalhados  direta  ou indiretamente  nos  textos  anteriores.  A  partir  do  texto,  é  possível  tecer  questionamentos  sobre  a legitimação  do  Estado  pela  população  no  que  concerne  à  justiça,  fazendo  alusão  à  emergência  de “justiceiros” na mídia.

No  texto  Em  defesa  das  revoltas  de  Ferguson  nos  EUA  é  possível  relacionar  violência, manifestação  e  revolta  às  questões  raciais  e  urbanas,  construindo,  por  fim,  a  ideia  de  que  razão  e emoção, diálogo e ação são inerentes à política.

Não  deixando  de  inserir  o  papel  do  desenvolvimento  tecnológico,  envolto  de  questões  éticopolíticas,  em  Mosquito transgênico  é liberado  para  combater  a  dengue  no  Brasil  vem  à tona  os questionamentos sobre bioética, fundamental aos inúmeros desafios políticos do século XXI.

Resgatando  as  palavras  de  Hanna  Arendt,  filósofa  política  alemã  de  origem  judaica,  é  muito difícil entendermos que há uma esfera em que podemos ser efetivamente livres, isto é, nem movidos por nós mesmos, nem dependentes dos dados da existência material. A liberdade só existe no singular espaço intermediário da política. E nós queremos escapar dessa liberdade na ‘necessidade’ da história.
Um total absurdo.

 

Boa leitura!!!


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