Conjuntivite
No verão, uma das doenças que tem aumento no número de casos é a conjuntivite, infecção que aparece na conjuntiva, a membrana que recobre a parte branca do olho.
A mais comum é a causada por vírus, que é mais resistente, circulando com mais facilidade no ar por causa das altas temperaturas e umidade nesta época do ano e também em ambientes fechados.
“O contágio é mais fácil por contato direto. Se a pessoa infectada coloca a mão no olho e em seguida cumprimenta outra pessoa, possivelmente poderá contaminá-la. Mas pode pegar até pelo ar”, disse a integrante do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Cristina Dantas.
Aos primeiros sinais, tais como: ardência, aumento da secreção ocular, vermelhidão e coceira nos olhos, deve-se procurar o especialista para ter certeza do diagnóstico e acompanhar eventuais desdobramentos da doença.
Evitar locais fechados, com aglomeração de pessoas é outra atitude importante que reduz o risco de propagação da doença. Deve-se impor restrições quanto aos contatos físicos, a utilização de toalhas e fronhas e o compartilhamento de objetos - ao coçar os olhos, a pessoa contaminada pode infectar objetos aumentando a possibilidade de propagação da doença.
No caso de estudantes, observados qualquer um dos sintomas, prontamente, o responsável deve afastá-lo da rotina escolar e permitir o seu retorno somente após a alta médica.
É importante lembrar que a automedicação deve ser evitada, pois medicamentos indicados para um tipo de conjuntivite podem ser desaconselháveis para outros tipos da doença. Cabe ao oftalmologista determinar o agente causador e o tratamento específico para cada caso de conjuntivite.
— Um dos maiores problemas que temos é a automedicação. Por muitas vezes, o paciente usa um colírio que não é indicado para o tipo de conjuntivite dele. As complicações da automedicação são mais graves do que as da doença, por exemplo, o aumento da pressão do olho — informa Juan Jimenez, também membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.
Saiba mais sobre a conjuntivite:
O que é a doença?
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, uma membrana que reveste a parte da frente do globo ocular e também o interior das pálpebras. Pode ser alérgica, viral ou bacteriana. Nos dois últimos casos, é contagiosa.
Quais são os sintomas?
Coceira, olhos vermelhos e lacrimejantes, com sensação de areia ou ciscos, secreção amarelada (quando causada por uma bactéria) ou esbranquiçada (quando causada por vírus), pálpebras inchadas e grudadas ao acordar e também visão borrada. A doença pode acometer um ou ambos os olhos de uma semana a 15 dias.
Como é o contágio?
A conjuntivite alérgica acomete mais crianças, não é contagiosa e é provocada pelo ácaro. A viral e a bacteriana são transmitidas pelo contato com as mãos, secreção ou objetos contaminados, como maçanetas, toalhas e água de piscina, em especial morna e com pouco cloro. Em ambientes fechados e com grande circulação, como escolas ou ônibus, o risco de contaminação aumenta. As duas são diferenciadas somente por meio de exame oftalmológico. A viral, geralmente, ataca os dois olhos e a secreção é esbranquiçada. A conjuntivite bacteriana dá em um olho só, com secreção mais amarelada ou esverdeada.
Como evitar?
Evite coçar os olhos em locais com grande aglomeração, como piscinas e academias. As mãos e o rosto devem ser higienizados com frequência. Quem estiver doente deve lavar as mãos com frequência, trocar fronhas de travesseiros e toalhas diariamente, preferir toalhas de papel na hora de enxugar o rosto e evitar compartilhar produtos para os olhos, como delineador e rímel.