FIB OU PIB?

FIB OU PIB?

2 de fevereiro de 2010
por Ricardo Abrate Luigi Junior -
Colégio Recanto - Rio de Janeiro, RJ


Todo início de ano traz em si uma enorme esperança. Fazemos o balanço do ano que passou – e invariavelmente nos lembramos mais das coisas negativas. Com alívio, então, damos graças a Deus pelo fim do ano velho, abrindo espaço para o ano que entra, onde tudo será diferente... E, como nossas células já têm gravados em sua memória hábitos antigos e obsoletos, continuamos a seguir o mesmo padrão de comportamento. E, assim, nada muda!

Que tal, desta vez, realmente mudar? Lá onde a transformação começa, ou seja, dentro das nossas células. Com atenção e intenção, o aviso a ser dado para elas é o seguinte: que neste 2010 que se inicia nós vamos quebrar paradigmas, ousar, ser diferentes, ser felizes e saudáveis, criando novos hábitos para o nosso bem-viver. Se quisermos mudar, temos dentro de cada um de nós o imenso poder para efetuar essa verdadeira revolução.

Ao longo de todo o ano novo, vamos viajar juntos nas tantas possibilidades ao nosso alcance para viver melhor. Mas eu gostaria de começar este ano com a dica mais importante de todas: o aquietamento.

A causa maior de todas as nossas doenças, ansiedades e angústias é a maneira que vivemos. O stress do dia-a-dia gera nossas infelicidades e tristezas. Mesmo assim, continuamos a correr a cada dia mais, sem fim, nunca satisfeitos, sempre em busca de algo... que não existe. Meu amigo, minha amiga, a paz, a tranqüilidade, o aquietamento são a base para uma vida saudável e feliz. É aí que você encontra o campo da pura potencialidade, das infinitas possibilidades, o campo onde conseguimos simplesmente ser. Ser feliz é SER e não necessariamente ter.....

Recentemente estive no Butão, país que se tornou famoso por adotar o índice FIB (de felicidade interna bruta), além do PIB (de produto interno bruto). Lá, pude notar que a paz norteia a vida. Ninguém tem pressa, tudo é feito com calma, a integração com a natureza faz parte intrínseca do viver. Não existe pressa no vocabulário dos butaneses e eles conseguem expressar e transmitir uma leveza enorme nas pequenas atitudes. Sua gentileza é sem fim, eles demonstram respeito pelo outro e um contentamento que vem do fundo do coração. O silêncio interior e a fé em uma força maior torna os butaneses mais presentes no momento, mais calmos, mais tranqüilos.

Para ser feliz basta ser amor, ser compaixão. Vamos tentar? Feliz 2010!

Fonte: Revista da Gol, número 94, janeiro de 2010.

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