O risco do uso de adoçantes

O risco do uso de adoçantes

4 de setembro de 2008
por Ricardo Abrate Luigi Junior -
Colégio Recanto - Rio de Janeiro, RJ


 Quando substituir o açucar pelo adoçante se torna um perigo? O uso exagerado de qualquer alimento, principalmente quando é químico e não natural, pode ser pior do que manter maus hábitos alimentares antigos. O açúcar, quando consumido sem moderação, é um grande vilão da saúde. Mas o adoçante não é?

 - Sempre é bom lembrar que o adoçante foi desenvolvido primeiramente para ajudar os diabéticos no controle da glicemia. Uma outra grande vantagem em se usar o adoçante, é a redução do consumo de calorias - explica o nutricionista Carlos Frederico L. Gonçalves, do Espaço Débora Pinto.

 Dados da Organização Mundial de Saúde mostram que existem aproximadamente 350 milhões de obesos no mundo. E cada vez mais a população se preocupa com o excesso de peso (causado principalmente pelo sedentarismo e alto consumo calórico) e seus riscos à saúde. Entretanto, o uso de adoçantes não é a salvação!

 Hoje em dia existe uma ampla variedade de adoçantes e os mais comuns são: aspartame; ciclamato; sacarina; sucralose; stévia e frutose. Os 4 primeiros possuem origem artificial (sintéticos) e os outros são de origem natural. A stévia seria o adoçante mais indicado por ser de origem natural, obtida a partir da planta stevia rebaudiana.

 A frutose é obtida de mel e frutas, possui um melhor poder adoçante em relação ao açúcar comum e por isso é utilizada como adoçante. Vale ressaltar que o consumo de frutose deve ser moderado, pois esta é transformada em glicose no organismo e podendo gerar os mesmos efeitos do açúcar refinado, deve ser consumida por diabéticos sempre sob orientação profissional.

 O adoçante sintético mais potente é a sucralose. Ela não possui calorias, não favorece o aparecimento de cáries, resiste a altas temperaturas (ótimo para o preparo de doces), possui um alto poder adoçante e sabor agradável. O ponto negativo é seu alto custo.

 Todos os outros também podem ser consumidos, porém a sacarina e o ciclamato devem ser usados com cautela pelos hipertensos e portadores de insuficiência renal, pois possuem sódio em sua composição; O aspartame é contra-indicado para portadores de fenilcetonúria (doença em que o organismo não metaboliza fenilalanina).

 Atualmente muito vem se falando sobre os riscos do consumo desse produto, mas nada foi comprovado cientificamente.

 De acordo com o FDA (órgão americano semelhante à agência nacional de vigilância sanitária) e ADA (associação americana de diabetes) a ingestão é segura desde que respeitada a dose máxima. Para estabelecer limites máximos desses produtos artificiais em comidas e bebidas, a Anvisa se apóia na Ingestão Diária Aceitável (IDA) dos aditivos.

 A IDA estima quanto uma pessoa pode ingerir de uma substância por dia e durante toda a vida, sem colocar sua saúde em risco. O cálculo desse índice pode ser feito pelo site do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) no endereço:

http://www.idec.org.br/arquivos/calc_edulcorantes.xls.

Fonte: Adaptado de JB ONLINE (acessado em 03/09/2008)

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