Parceria Família-Escola
Todos os pais esperam que os filhos sejam alunos exemplares e dedicados. Mas quando o cenário é o contrário, é difícil saber que atitudes tomar para reverter essa situação.
A falta de interesse dos alunos pelos estudos pode ser originada de muitos fatores e cabe aos responsáveis buscar identificar este fator.
As dificuldades podem ser evitadas se os pais explicarem, desde sempre, a importância do estudo para a vida da criança. E, para isso, eles precisam dar abertura para o filho se expressar por meio do diálogo.
Além disso, a desmotivação pode partir de atitudes praticadas pelos próprios responsáveis, que inconscientemente, acabam dificultando o apreço pelos estudos.
Confira abaixo algumas atitudes que interferem de forma negativa no processo de aprendizagem:
1.“Senta aí e só levanta quando tiver acabado de estudar toda a matéria”- Todos os dias é a mesma situação nas casas de muitas famílias com filhos em idade escolar. O momento da tarefa e dos estudos é o principal motivo de estresse e brigas. E o que há de errado em dizer isso?
É que depois de 30 minutos focado em algum conteúdo, nosso cérebro começa a perder energia e oxigênio. Fica realmente mais difícil de se concentrar e de assimilar a matéria. A dica para evitar o desgaste e aumentar o rendimento dos estudos é usar um timer/cronômetro durante a tarefa ou os estudos. A cada 30 minutos concentrado na tarefa, seu filho deve fazer um intervalo de 5 minutos incluindo algum movimento. Um simples movimento de ir até o banheiro ou até a cozinha beber água já leva oxigênio para o cérebro e já ajuda na preparação para ele se concentrar mais ainda nos próximos 30 minutos de estudos.
2. “Sua única obrigação é estudar, eu cuido de todo o resto”. – Apesar da intenção ser boa, essa fala não contribui para desenvolver o senso de responsabilidade.
A primeira responsabilidade que os jovens de hoje normalmente têm que assumir é a responsabilidade de estudar e aprender. O resultado é o que vemos em todas as idades: alunos que têm preguiça de estudar. Pais desesperados que tentam assumir, pelos filhos, a responsabilidade pelos estudos e que na verdade, reforçam a fala acima: de que os pais se responsabilizam por tudo!
A melhor solução para este problema é ensinar o filho a assumir responsabilidades fora da hora dos estudos. A dica prática? Divida com seu filho uma responsabilidade doméstica. Algo como, guardar a própria roupa no armário porque se ele não fizer, você vai aguentar não fazer por ele.
Assim, você não vai precisar ter o trabalho de transferir todo esse discurso e aprendizado para o momento dos estudos. Acompanhe e perceba que ele faz a transferência desse aprendizado para o momento dos estudos sozinho
3. “ O filho de fulano só tira dez.” Comparações são extremamente desastrosas e negativas para autoestima e o processo de aprendizagem. A comparação positiva é da pessoa com ela própria, é avaliar um progresso em relação a uma situação anterior.
4. Relembrar os erros da criança o tempo todo: Explicar para seu filho por que ele errou é bom, assim lhe é dada a chance de mudar de atitude e ter mais chances de acertar no futuro. Mas bater na mesma tecla mais de uma vez, relembrando a ocasião do erro sem motivo, o deixa inseguro e com a sensação de que só aquilo é relevante em suas ações. Caso o erro se repita, vale reforçar o ensinamento e até lembrar o que aconteceu no passado, para que ele entenda que precisa realmente mudar.
5. Discutir as frustrações do dia a dia na frente da criança
Dificuldades no trabalho ou no relacionamento entre o casal devem ser discutidas longe das crianças, especialmente na primeira infância. Como a noção de mundo que os filhos têm é limitada ao universo ao seu redor, eles tendem a se sentir responsáveis pelas brigas ou pelo mau humor dos adultos que os cercam e angustiados por isso.
6. “Não fez mais do que sua obrigação.” Para uma criança, ou mesmo uma adolescente : pequenas conquistas são acontecimentos muito significativos. Muitas vezes, valorizamos as conquistas sociais, como prêmios em concursos ou grandes competições, esquecendo que são nas pequenas conquistas, que as crianças vão desenhando o caminho rumo a uma vitória maior.