Ficar em casa é mais arriscado que andar de avião
Ficar em casa é mais arriscado do que voar de avião. Principalmente para crianças e idosos, nenhum lugar é completamente seguro. Muito menos suas próprias casas. Cerca de 40% dos acidentes fatais com crianças, no Brasil, ocorrem em casa.
Produtos de limpeza, panelas com alimentos quentes, ferros de passar, banheiras e tanques, enfim, tudo é uma arma – embora as crianças acreditem que sejam brinquedos. Na minha família mesmo, enquanto uma tia virou as costas para colocar a roupa passada na cama minha priminha puxou o fio do ferro, que caiu sobre a mão dela – deixando uma cicatriz. Felizmente não foi grave, e a marca nem chama atenção. Mas na época o susto foi grande.
No caso dos idosos o problema não tem a ver com a curiosidade e falta de discernimento, e sim, com a perda dos reflexos de um modo geral (inclusive problemas de visão e audição) e com a fragilidade dos ossos. Qualquer pequena queda pode causar grandes transtornos, por isso é importante adaptar alguns pontos críticos das casas, como banheiros e escadas.
Nos EUA, os acidentes domésticos matam em média 18 mil pessoas por ano, segundo a ONG Home Safety Council (Conselho de Segurança Doméstica, em português). Somados, os acidentes aéreos ocorridos em todo o planeta precisaram dos últimos dez anos para chegar a 12.209 mortes, de acordo com o Aircraft Crashes Record Office. Os pesquisadores que analisam os acidentes domésticos descobriram que uma casa pode ter tantas armadilhas quanto o sítio arqueológico de um filme de Indiana Jones. Os tapetes que ficam nos corredores, por exemplo, são responsáveis pela maioria das quedas, segundo o Ministério da Saúde. E a Sociedade Brasileira de Queimaduras informa que o fogão oferece mais de dez modos diferentes de provocar queimaduras ou explosões.
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/foto/0,,18673745,00.jpg (figura com esquema mostrando os principais acidentes domésticos).
Fonte: Adaptado de Revista Galileu.